Tomar a decisão de buscar assistência para superar a dependência química pode ser desafiador, porém a chance de recuperar-se, sem preconceitos e sem levar em conta o passado, merece ser reconhecida.
Ao longo de todo o trajeto, tanto o indivíduo viciado em substâncias quanto sua família passam por uma jornada de enfrentamentos e descobertas. Certamente, não é um caminho fácil, mas pode ser percorrido com maior facilidade com o suporte de um profissional especializado.
A dependência do álcool causa danos significativos em diversos aspectos da vida do indivíduo, resultando em uma forte dependência física e psicológica que pode levar a consequências irreversíveis a longo prazo. Por isso, é crucial que o dependente alcoólico receba ajuda para superar o vício e melhorar sua qualidade de vida.
Existem diferentes abordagens e métodos de tratamento disponíveis para alcoólatras, e uma equipe de especialistas pode ajudar a identificar a melhor opção para atender às necessidades de cada indivíduo.
É fundamental que tenhamos uma visão clara de que a dependência química é uma doença crônica que requer tratamento terapêutico adequado. Devemos evitar o preconceito de que um dependente químico é alguém que não abandona as drogas por falta de vontade ou falta de caráter.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a dependência química como um estado físico e psicológico que ocorre devido ao uso contínuo de substâncias e se caracteriza por mudanças comportamentais e atitudinais, além de um desejo constante de usar a substância.
A dependência química pode ser causada por diferentes tipos de substâncias, tanto lícitas quanto ilícitas. Portanto, uma pessoa que é viciada em bebidas alcoólicas, outra viciada em crack e outra em medicamentos, são igualmente dependentes químicos.
É importante salientar que cada tipo de droga viciante causa diferentes tipos de efeitos no organismo, alguns mais físicos e outros mais psicológicos, embora todas sejam consideradas a mesma doença, a Dependência Química.
As substâncias ilegais, tais como cocaína, crack, heroína e até mesmo maconha, são amplamente destacadas pela sociedade e, por conseguinte, são frequentemente associadas à dependência química.
Devido à sua ilegalidade e aos seus efeitos prejudiciais tanto físicos quanto emocionais, os dependentes químicos dessas drogas ilícitas apresentam mudanças notáveis em seu comportamento e vida social, o que é facilmente observado pelos seus familiares.
As drogas lícitas englobam uma ampla variedade de substâncias, desde medicamentos, como analgésicos, calmantes, estimulantes e esteroides, até o tabaco e o álcool.
Embora muitas vezes sejam consideradas menos prejudiciais à saúde, a dependência dessas substâncias pode ser tão destrutiva quanto o uso de drogas ilícitas. Infelizmente, muitas pessoas podem passar décadas sem perceberem que são dependentes e seus familiares podem dar pouca atenção ao problema.
É importante lembrar que essas drogas são igualmente perigosas, mesmo que sejam legalizadas pelo governo. Estudos demonstram que libertar-se da dependência do álcool ou tabaco pode ser até mais difícil do que se livrar do vício em drogas como cocaína ou crack.
O álcool é uma droga legalizada e amplamente consumida, sendo socialmente aceito em muitos lugares. De acordo com o Ministério da Saúde, 17,9% da população adulta do Brasil abusa de bebidas alcoólicas.
Existem muitas razões que levam à dependência do álcool, como a pressão social, a necessidade de aceitação, problemas familiares e até mesmo a busca pelo prazer.
Muitos começam a consumir álcool ainda jovens, em busca de diversão com amigos, mas logo se tornam dependentes, consumindo diariamente para relaxar após um longo dia de trabalho, e até mesmo antes do almoço. Quando a bebida se torna uma companheira diária, o alcoolismo já está presente.
Existem diversos tipos de tratamentos disponíveis para dependentes químicos, e a escolha do mais adequado dependerá do grau de conscientização e das necessidades individuais de cada paciente. Alguns dos principais tipos de tratamento são:
Os grupos de apoio são uma metodologia comum no tratamento de dependentes químicos. Um exemplo é o Programa de 12 Passos, criado nos Estados Unidos em 1935 por Bill W. e Dr. Bob S., que se tornou mundialmente conhecido e é utilizado pelos Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA). A filosofia do programa enfatiza o autoconhecimento, aceitação do vício, desenvolvimento da espiritualidade e reprogramação de responsabilidades, crenças e ações.
Embora ainda seja amplamente utilizada na maioria das clínicas de recuperação no Brasil, existem atualmente terapias mais rápidas e com maior índice de reabilitação do que o Programa de 12 Passos.
A psicoterapia é uma abordagem terapêutica que visa compreender as razões pelas quais o dependente químico recorreu às drogas como forma de fuga ou alívio emocional. Muitas vezes, essas razões estão ligadas a problemas emocionais não resolvidos, que podem estar profundamente enraizados e ocultos.
Estima-se que cerca de 90% dos dependentes químicos possuem questões emocionais não solucionadas. Através da psicoterapia, é possível identificar e tratar esses problemas, promovendo uma compreensão mais profunda de si mesmo e da sua relação com as drogas. Essa abordagem terapêutica é uma forma de ajuda muito eficaz na recuperação da dependência química, já que permite que o paciente explore suas emoções e experiências de vida, desenvolva habilidades para lidar com o estresse e ansiedade, além de proporcionar mudanças comportamentais e cognitivas duradouras.
Com a internação voluntária em uma clínica de recuperação, o dependente alcoólatra pode ter um ambiente seguro e protegido, onde é possível focar exclusivamente em sua recuperação, longe de influências externas que possam levar à recaída. Além disso, a equipe multidisciplinar pode oferecer suporte psicológico e emocional, ajudando o paciente a lidar com os sintomas de abstinência e a trabalhar questões emocionais que possam estar relacionadas à dependência alcoólica. É importante lembrar que a decisão pela internação deve ser tomada em conjunto com a equipe médica e a família, para garantir que seja a opção mais adequada para o caso em questão.
O indivíduo viciado em drogas nem sempre consegue enxergar sua situação e perceber que precisa de ajuda. A internação involuntária é solicitada pelos familiares quando identificam a urgência de resgatar o dependente.
Em uma consulta com um médico especializado, a situação é relatada e o profissional realizará uma avaliação. Após analisar o caso, o médico produzirá um parecer com as informações necessárias para solicitar a internação involuntária em uma clínica de reabilitação, com a autorização de um familiar ou agente de saúde pública, seguindo as normas estabelecidas pela “Lei da Internação Involuntária”, Lei N° 13.840, de 5 de junho de 2019.
A ibogaína é uma substância extraída de uma planta africana conhecida como iboga, encontrada principalmente na região central da África. Algumas pessoas afirmam que a ibogaína é um remédio milagroso para tratar a dependência química e o alcoolismo, mas é importante avaliar se esse tratamento é adequado para a sua situação.
Uma das vantagens do tratamento com ibogaína é a alta taxa de sucesso na reabilitação e a hospitalização relativamente curta. Enquanto os tratamentos tradicionais costumam exigir de 90 a 180 dias de internação e apresentam uma taxa de recuperação de apenas 10%, o tratamento com ibogaína pode ser concluído em apenas 5 a 7 dias de internação e apresenta uma taxa de sucesso superior a 75%.
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